OS ENSINAMENTOS LOGOSÓFICOS...
Marco Aurélio Chagas
Muitas vezes não deixo que trabalhem
dentro de mim.
Às vezes, os interrompo em
seus conselhos, imaginando que já entendi o que queriam me transmitir.
Por vezes não os ouço. Faço
de conta que não é comigo.
Em outras ocasiões, eles me caem
como uma luva e desfruto intensamente dos benefícios que me fazem experimentar.
Sinto uns mais que outros.
Há certos que penso: foram
criados para mim.
Alguns me são
incompreensíveis.
Outros, os considero
inacessíveis e muito profundos.
Há os de fácil aplicação.
Quando estou bem
internamente os quero a todos e me sinto um privilegiado por tê-los a minha
disposição a todo o instante.
Procuro ler todos os dias
alguns. Estudar outros e manter em minha mente aqueles que me dizem algo sobre
a minha vida.
Em raras ocasiões felizmente
eu me canso de alguns que me cobram alguma conduta que meus pensamentos não
querem ter.
Muitos me agradam e sempre
os recordo com carinho e afeto.
Há os que têm um lugar de
honra em minha mente e sentir.
Há os que me repreendem e me
fazem seguir o método.
Há os que vêm à recordação
em momentos que deles necessito profundamente.
Sempre encontro um que tem a
ver com meu estado de ânimo.
Há os que me transmitem um
estado de profunda reflexão.
Certos me explicam situações
que vivi e compreendo melhor os estados por que passei.
Já identifiquei os que
agradam ao meu espírito. Outros acalentam minha alma.
Há aqueles que acalmam minhas
inquietudes. E os há que despertam outras mais profundas.
Em muitos, encontro um
conselho, uma orientação, um norte.
Outros me advertem do perigo
e me fazem ter cautela ao atuar.
Há os que me despertam para
uma realidade que jamais poderia imaginar.
Muitos me sugerem ideias
originais.
Outros são verdadeiras
normas de conduta.
Há os que me descortinam um
mundo a ser vivido iluminado pelo conhecimento.
Certos definem posições
almejadas.
Muitos me mostram que a vida
é muito mais ampla do que parece.
Alguns são tão delicados que
dão a sensação de que poderiam se espedaçar ao serem tocados pela mente
especulativa.
Existem os que se explicam
por si. Há outros que se completam.
Há os que infundem vigor,
valentia e a sensação de força, fortaleza.
Identifiquei alguns que
descortinam a minha intimidade sem devassá-la, ao contrário, a protegem
Muitos se dirigiam a minha
consciência.
Há os que ficam em minha
mente muito pouco tempo e eu não consigo retê-los como deveria.
Há aqueles que fazem às
vezes de consciência e me impedem de errar e praticar desacertos.
Há os que me poupam do
sofrimento.
Já percebi que alguns são
brincalhões e despertam em mim a alegria de viver.
Há os que me fazem
circunspecto e reflexivo.
Muitos me convidam a mudar
de vida, a buscar um novo rumo.
Alguns me alertam para as
pedras que encontrarei no caminho e me auxiliam a afastá-las.
Há aqueles que como
auxiliares me fazem compreender outros.
Há os que me fazem resignar
diante daquilo que não compreendo.
Há os que desmascaram o
falso, o embuste.
Há os que me mostram a
verdade.
Muitos que convidam a
combater as deficiências.
Muitos me ensinam a pensar.
Outros não me deixam temer.
Muitos despertam em mim o
ideal de ser melhor, de fazer o bem.
Determinados me convidam a
praticar a generosidade.
Encontro em alguns um amigo,
um confidente.
Não raro me indisponho com
alguns. Não os quero.
Há aqueles que são tão
bonitos que quero guardá-los por inteiro, espetando-os como borboletas, inertes
em um cartão.
Há alguns que não me
contento em lê-los uma ou duas vezes, os leio muitas.
Certos são tão intrigantes
que penso em destrinchá-los, imaginando que me vão revelar um segredo.
Alguns me mostram o feio que
há dentro de mim.
Outros me apontam para o
superior.
Em alguns sinto paz, tranquilidade.
Outros me sugerem fazer
muitas coisas e realizar proezas.
Em alguns encontro apoio
para certos afazeres.
Em outros a ressonância do que
a minha sensibilidade aponta.
Há os que me mostram aqueles
pensamentos que devem ser desalojados de minha mente.
Há os que querem que eu
enfrente situações que contrariam o meu comodismo.
Alguns não me deixam cair na
inércia, querem que lhes dê alguma atividade.
Outros me infundem uma
segurança no futuro.
Há os que me fazem confiar
num amanhã repleto de realizações.
Em certos vejo claramente o
objetivo de minha vida.
Em outros sinto a
eternidade.
Em muitos experimento a
alegria de viver, de estar vivo.
Em outros, a sensação de que
viverei eternamente.
Há os que me infundem uma
sensação de que jamais ficarei desamparado.
Em outros, a segurança de
que não estou só.
Há os que são como os
amigos, os quero a meu lado, me divirto e me distraio com eles.
Existem aqueles que me fazem
sonhar e me elevam a regiões inimagináveis.
Em outros não acredito no
que me dizem. Quero comprová-los, pô-los a prova.
Diversos afastam de mim o
descontentamento e volto ao estado natural de boa disposição.
Muitos me estimulam a estar
sempre bem disposto para o que der e vier.
Outros me fazem ver além do
horizonte.
Alguns me apóiam em minhas
atitudes.
Outros, aparentemente
contraditórios, me dão a sensação de me estarem dizendo a verdade.
Nenhum deles não me
defraudou.
Nunca me arrependi de ter
dedicado a eles o pouco de meu tempo.
Sempre os encontro bem
dispostos a me ajudar.
Não os quero longe de mim.
Quando me ausento deles,
sofro as consequências desse afastamento que se reflete em meu estado de ânimo.
Junto deles acompanho com
mais desenvoltura e eficácia os avanços desta Obra de Superação.
Sem eles não sei se
conseguiria avançar no caminho da evolução consciente.
Através deles pude conhecer
um pouco mais o seu autor e a respeitá-lo.
Ao lado deles, todos os
problemas humanos parecem ter solução.
Eles convidam a lutar uma e
mil vezes.
O contato com eles me faz
sentir um ser digno.
Eles me mostram de forma
eloquente os recursos internos que hão de me valer para superar as situações
enfrentadas nesta vida.
Com eles tenho a sensação de
que minha inteligência funciona melhor.
Em sua totalidade percebo
que meu espírito se sente saciado.