quarta-feira, dezembro 30, 2020

O INGRATO


                             O INGRATO



(Inspirado no conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO de Carlos Bernardo González Pecotche)

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas


Conta-se que certa vez

Que alguém foi pedir a Deus

Pra lhe conceder um bem,

que o estenderia aos seus.


-Que se cumpra o seu desejo,

disse-lhe Deus bem depressa,

-mas nunca jamais esqueça

de cumprir sua promessa.


Um certo tempo passou

E o agraciado esquecia

De estender aquele bem

Que de graça recebia.


-O que é fruto do desejo,

Deus sentenciou, então,

-não dura, não durará,

face a essa ingratidão.

***

"A MOSCA"

 

                                       “A MOSCA"

                    


(Inspirado em conto do livro homônimo, INTERMÉDIOLOGOSÓFICO, de Carlos Bernardo González Pecotche).

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas


Pela sujeira e o esterco

depois de muito voar,

sobre um potinho de mel,

uma mosca foi pousar.


Ficaram presas as patinhas

nesse suco coloidal,

sentiu que afundando ia

cada vez que remexia.


Uma e outra vez voar

sem resultado, tentou.

Cansada e sem esperanças

ali mesmo agonizou.


Quantos há igual que a mosca,

pela doce sugestão,

atraídos às coisas fáceis

nelas afundando vão.


Incapazes o mistério,

encerrado perceber,

no domínio do objeto,

presumiram exercer.

***

terça-feira, dezembro 29, 2020

CONHECER A MENTE E OS PENSAMENTOS

 

                                     CONHECER A MENTE E OS PENSAMENTOS



                                                 Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

Enquanto o homem continuar indiferente ao conhecimento básico do princípio mental – antes do Verbo foi a mente – e não se convencer de que os pensamentos são forças que atuam no mundo, dentro e fora de seu ser, não poderá se emancipar jamais da ação direta ou indireta deles sobre sua mente, já que eles são, de certo modo, os participantes mais ativos de todos os seus movimentos internos, conscientes ou inconscientes, influenciando seu ânimo e intervindo, de forma decisiva, em cada um dos passos que dá em qualquer direção e para qualquer fim.

Alguém poderá perguntas: “que necessidade tenho de conhecer minha mente, se posso empregá-la do mesmo modo e fazer tudo quanto me apetece?” A isso responderemos que é verdade; mas aquele que, ao pensar, sabe por que leis pensa, já tem uma vantagem sobre quem ignora tal coisa. Além disso, quem não conhece como atuam os pensamentos dentro e fora de sua mente estará sempre à mercê de seus impulsos, sem que a razão, utilizando a vontade, possa sofreá-los.

O conhecimento permite desalojar da mente todo pensamento pernicioso que rebaixe a condição do ser humano.

O homem, em geral, toma o cuidado de não ingerir alimentos que, segundo sabe, haverão de lhe fazer mal, mas amiúde esquece que deve fazer o mesmo com os pensamentos que, por experiência, conhece como maus.

Infeliz do que prefere se enganar, crendo-se dono absoluto de seus pensamentos e de seus atos! A crônica diária nos mostra quão errônea é essa atitude de desprezo em relação a toda tentativa de modificar seu conceito; nesses casos se diz, porém, para justificar desvios incompreensíveis, que o homem é joguete do destino.

Não se deve atribuir tal responsabilidade ao destino, uma figura que, se se quer, pode ser chamada de sideral, por sua abstrata e ignota relação com nossa maneira de ser, de sentir, de pensar e de agir.

Assim, não sendo o destino quem se compraz em brincar com a vida humana, pois seria uma insensatez pensar tal coisa, devemos admitir que, mais perto de nós, algo atua com diligência e rapidez, e esse algo não pode ser outra coisa que os pensamentos.

Admitamos, então, que são os pensamentos – não no conceito ambíguo e errôneo que a generalidade tem deles, mas sim tais quais eles são na realidade – quem imperam no mundo mental em que vivemos. Se não nos preparamos para buscá-los, descobri-los e dominá-los, não seremos outra coisa senão joguetes de suas hábeis manobras, e nessas condições não poderemos esperar nunca o desfrute de uma verdadeira felicidade.

Em resumo, quem não prefere possuir as riquezas do conhecimento a ter de se ver exposto a enfrentar as difíceis situações em que a ignorância o coloca?



sexta-feira, dezembro 18, 2020

AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO

 

                             AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO



Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

As reações são próprias da natureza. Tudo o que é vivo reage. E não é diferente em relação às pessoas

São as reações próprias do temperamento psicológico de cada um.

Muitas reações são justificáveis, mas há reações que não têm nenhuma justificativa.

O ruim é quando uma vez produzida a reação negativa ela perdure e pode levar ao rancor e às vezes até ao ódio entre os seres humanos.

Quantas vezes se desfaz uma amizade porque um ou o outro não soube conter uma reação negativa e aquilo permaneceu dentro e levou ao rancor e aquele vínculo entre os amigos sofre uma lesão irreparável!

Há reações que se poderia qualificar de perigosas, mas que deixam um rastro negativo e podem promover estragos num relacionamento que era até então saudável e duradouro.

Como controlar as reações? Não permitir que durem mais que o necessário, para que se permita pelo menos um pequeno desafogo e que não venha a ocupar a região sensível, do sentimento.

Exercer um certo domínio sobre as reações é uma forma de se evitar agir impulsivamente em muitas circunstâncias do cotidiano.

Felizmente há as reações positivas. Reações de felicidade, alegria, de bem-estar e são as que devem perdurar.

Tratar de eliminar as reações de tristeza, de pena e pesar.

Na convivência, se pode experimentar as reações as mais variadas. Há reações e atitudes que nunca se imaginava que aconteceriam, e, no entanto, ela se manifestam e permitem ver o quanto se desconhece da própria psicologia.

Os hábitos provocam reações psicológicas que podem ser positivas ou negativas.

O importante é dominar as reações, principalmente aquelas surgidas em instantes de impulsividade.

A atitude serena é o que de melhor se pode ter. A condição básica é saber dominar a natureza passional, os impulsos, as reações instintivas.

***





NOVO HUMANISMO: AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO

NOVO HUMANISMO: AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO:                                      AS REAÇÕES DO TEMPERAMENTO                                         Marco Auré...

domingo, março 31, 2013

OS ENSINAMENTOS LOGOSÓFICOS...




                                OS ENSINAMENTOS LOGOSÓFICOS...

                                             Marco Aurélio Chagas

Muitas vezes não deixo que trabalhem dentro de mim.

Às vezes, os interrompo em seus conselhos, imaginando que já entendi o que queriam me transmitir.

Por vezes não os ouço. Faço de conta que não é comigo.

Em outras ocasiões, eles me caem como uma luva e desfruto intensamente dos benefícios que me fazem experimentar.

Sinto uns mais que outros.

Há certos que penso: foram criados para mim.

Alguns me são incompreensíveis.

Outros, os considero inacessíveis e muito profundos.

Há os de fácil aplicação.

Quando estou bem internamente os quero a todos e me sinto um privilegiado por tê-los a minha disposição a todo o instante.

Procuro ler todos os dias alguns. Estudar outros e manter em minha mente aqueles que me dizem algo sobre a minha vida.

Em raras ocasiões felizmente eu me canso de alguns que me cobram alguma conduta que meus pensamentos não querem ter.

Muitos me agradam e sempre os recordo com carinho e afeto.

Há os que têm um lugar de honra em minha mente e sentir.

Há os que me repreendem e me fazem seguir o método.

Há os que vêm à recordação em momentos que deles necessito profundamente.

Sempre encontro um que tem a ver com meu estado de ânimo.

Há os que me transmitem um estado de profunda reflexão.

Certos me explicam situações que vivi e compreendo melhor os estados por que passei.

Já identifiquei os que agradam ao meu espírito. Outros acalentam minha alma.

Há aqueles que acalmam minhas inquietudes. E os há que despertam outras mais profundas.

Em muitos, encontro um conselho, uma orientação, um norte.

Outros me advertem do perigo e me fazem ter cautela ao atuar.

Há os que me despertam para uma realidade que jamais poderia imaginar.

Muitos me sugerem ideias originais.

Outros são verdadeiras normas de conduta.

Há os que me descortinam um mundo a ser vivido iluminado pelo conhecimento.

Certos definem posições almejadas.

Muitos me mostram que a vida é muito mais ampla do que parece.

Alguns são tão delicados que dão a sensação de que poderiam se espedaçar ao serem tocados pela mente especulativa.

Existem os que se explicam por si. Há outros que se completam.

Há os que infundem vigor, valentia e a sensação de força, fortaleza.

Identifiquei alguns que descortinam a minha intimidade sem devassá-la, ao contrário, a protegem

Muitos se dirigiam a minha consciência.

Há os que ficam em minha mente muito pouco tempo e eu não consigo retê-los como deveria.

Há aqueles que fazem às vezes de consciência e me impedem de errar e praticar desacertos.

Há os que me poupam do sofrimento.

Já percebi que alguns são brincalhões e despertam em mim a alegria de viver.

Há os que me fazem circunspecto e reflexivo.

Muitos me convidam a mudar de vida, a buscar um novo rumo.

Alguns me alertam para as pedras que encontrarei no caminho e me auxiliam a afastá-las.

Há aqueles que como auxiliares me fazem compreender outros.

Há os que me fazem resignar diante daquilo que não compreendo.

Há os que desmascaram o falso, o embuste.

Há os que me mostram a verdade.

Muitos que convidam a combater as deficiências.

Muitos me ensinam a pensar.

Outros não me deixam temer.

Muitos despertam em mim o ideal de ser melhor, de fazer o bem.

Determinados me convidam a praticar a generosidade.

Encontro em alguns um amigo, um confidente.

Não raro me indisponho com alguns. Não os quero.

Há aqueles que são tão bonitos que quero guardá-los por inteiro, espetando-os como borboletas, inertes em um cartão.

Há alguns que não me contento em lê-los uma ou duas vezes, os leio muitas.

Certos são tão intrigantes que penso em destrinchá-los, imaginando que me vão revelar um segredo.

Alguns me mostram o feio que há dentro de mim.

Outros me apontam para o superior.

Em alguns sinto paz, tranquilidade.

Outros me sugerem fazer muitas coisas e realizar proezas.

Em alguns encontro apoio para certos afazeres.

Em outros a ressonância do que a minha sensibilidade aponta.

Há os que me mostram aqueles pensamentos que devem ser desalojados de minha mente.

Há os que querem que eu enfrente situações que contrariam o meu comodismo.

Alguns não me deixam cair na inércia, querem que lhes dê alguma atividade.

Outros me infundem uma segurança no futuro.

Há os que me fazem confiar num amanhã repleto de realizações.

Em certos vejo claramente o objetivo de minha vida.

Em outros sinto a eternidade.

Em muitos experimento a alegria de viver, de estar vivo.

Em outros, a sensação de que viverei eternamente.

Há os que me infundem uma sensação de que jamais ficarei desamparado.

Em outros, a segurança de que não estou só.

Há os que são como os amigos, os quero a meu lado, me divirto e me distraio com eles.

Existem aqueles que me fazem sonhar e me elevam a regiões inimagináveis.

Em outros não acredito no que me dizem. Quero comprová-los, pô-los a prova.

Diversos afastam de mim o descontentamento e volto ao estado natural de boa disposição.

Muitos me estimulam a estar sempre bem disposto para o que der e vier.

Outros me fazem ver além do horizonte.

Alguns me apóiam em minhas atitudes.

Outros, aparentemente contraditórios, me dão a sensação de me estarem dizendo a verdade.

Nenhum deles não me defraudou.

Nunca me arrependi de ter dedicado a eles o pouco de meu tempo.

Sempre os encontro bem dispostos a me ajudar.

Não os quero longe de mim.

Quando me ausento deles, sofro as consequências desse afastamento que se reflete em meu estado de ânimo.

Junto deles acompanho com mais desenvoltura e eficácia os avanços desta Obra de Superação.

Sem eles não sei se conseguiria avançar no caminho da evolução consciente.

Através deles pude conhecer um pouco mais o seu autor e a respeitá-lo.

Ao lado deles, todos os problemas humanos parecem ter solução.

Eles convidam a lutar uma e mil vezes.

O contato com eles me faz sentir um ser digno.

Eles me mostram de forma eloquente os recursos internos que hão de me valer para superar as situações enfrentadas nesta vida.

Com eles tenho a sensação de que minha inteligência funciona melhor.

Em sua totalidade percebo que meu espírito se sente saciado.


domingo, junho 10, 2012

O TEMPO PASSA...


O TEMPO PASSA...

                                                         Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
 
                                                Hoje desfruto da chamada «melhor idade». Como foi minha vida até aqui? Plantei, colhi, voltei a plantar e torno a colher. E também planto para o futuro. E os ideais? Os sonhos? As aspirações? Os anelos? Mudam.

                                                  O horizonte é outro. Não é o mesmo da infância e não pode ser igual ao da juventude. Ainda bem!

                                                 Sei que plantarei e continuarei colhendo o que plantar até o final dos tempos. Do meu tempo. Anelo que as colheitas sejam profícuas.

                                                 Como manter o entusiasmo e a boa disposição dos tempos da juventude? Como continuar sonhando e tendo a vontade de viver e ser melhor? Sei, alimentando um ideal, o ideal superior de aperfeiçoamento.

                                                Mais que nunca, a vida é luta e devo continuar lutando, rompendo com minhas debilidades e limitações. Enfim, SUPERAR!


sexta-feira, agosto 26, 2011

DUAS CRÔNICAS


Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas*

O Dr. Alfredo passou um dia bastante atarefado e estava exausto ao final do dia. Não via a hora de ir para o aconchego de seu lar, onde lhe esperavam sua amada esposa e querida filha de aproximadamente quatro aninhos.

Enfrentando um trânsito caótico finalmente abria o portão da garage de sua residência, chegando de mais uma jornada de trabalho.

Abriu a porta da sala e se deparou com sua mulher resmungando e muito nervosa.

- Você tem que conversar com a sua filha Isabella, ela está impossível, não a aguento mais!

- O que foi que aconteceu? Expressou o pai, jogando o seu paletó no sofá no canto da sala.

- Sabe aquela rosa que estava linda naquela roseira, no jardim, ela a arrancou.

- A Isabella?

- Sim.

- Como você sabe que foi ela? Não teria caído?

- Não. Não poderia ser outra pessoa. Não havia ninguém aqui, a não ser nós duas.

- Isabella, gritou o pai, indo para o quarto da criança.

Chegando lá, a menina brincava com suas coisas e ao ver o pai, correu em direção ao seu armário e dali tirou uma linda rosa vermelha e alegre e saltitante foi em direção ao pai, dizendo:

- Veja o que colhi para você!

O pai, assustado e desconsertado ficou imóvel no meio do quarto e a menina rindo:

- Tome papai, é para você. Veja que linda flor!

O pai agachou-se, pegou a rosa que a filha lhe estendia e abraçando-a, agradeceu o presente.

Uma lágrima rolou na face do pai. A filha arrancara a rosa de seu talo, na roseira, para oferecê-la ao seu querido papai.

A mãe vendo aquela cena, também se emocionou.

O pai disse à filha que seu gesto era muito lindo, porque expressava um nobre sentimento de gratidão. Mas acrescentou com o intuito de transmitir a ela outro elemento útil a sua formação como pessoa, também, que aquela flor ficaria muito viçosa se continuasse no seu talo, junto à planta.

Por fim o pai, analisando essa vivência ao lado de sua mulher e longe da filha, expressou que felizmente não externou o pensamento de impulsividade quando recebeu a notícia de que a rosa fora arrancada da roseira, porque se tivesse agido precipitadamente poderia ter maculado aquele instante tão sublime, em que a filha, inocentemente, praticara aquele ato, movida por um sentimento nobre de amor ao pai.

***




Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas*

Indo para casa, de ônibus, após um dia de trabalho vi uma passageira sentada à minha frente ao celular.

Falava, falava, ouvia, falava. Mais falava que ouvia. Todos na condução ouvíamos, porque o tom de voz era audível até ao final do veículo.

A conversa era variada. Saia de um assunto para outro e quem ouvia imaginava o outro lado do diálogo.

Não havia o cuidado da passageira em medir ou selecionar as palavras pronunciadas. Muitas não poderia reproduzi-las aqui. Por vezes, a indiscrição tomava conta do palavreado.

Lá pelas tantas, no trajeto da viagem, ouvi tanta coisa daquela conversa ao telefone que tive a impressão de que já conhecia a intimidade da pessoa. Falou de seu relacionamento amoroso, entrando, por vezes, em detalhes que devassavam a vida privada da jovem. Fiquei sabendo de coisas que não precisaria ter tomado conhecimento. Em determinados momentos ficava até “sem graça” de estar ouvindo coisas da vida privada que estavam ali naquela conversa, sendo expostas sem qualquer constrangimento ou escrúpulo.

Os demais passageiros do “buzão” estavam atentos àquela conversa telefônica que atraia a atenção de todos, por ser tão desprendida e totalmente livre de censura e no comentário de alguns, “despudorada”.

Um esboçava ou sorriso amarelo, outros viravam o rosto demonstrando desagrado e a maioria permanecia totalmente voltada para o “diálogo” inusitado, porque se ouvia apenas um interlocutor e o outro, imaginava-se o que dizia ou expressava.

Quem descia do ônibus o fazia com certo desconforto, porque em realidade queria continuar se deliciando com a audição propiciada pelo pequeno aparelho. Havia os que apeavam com pena de ter que descer naquele momento tão interessante da conversa.

Finalmente foi a minha vez de descer. Dei o sinal. Fiquei pesaroso de ficar impedido de continuar ouvindo aquele diálogo e ao sair do veículo e tomar o meu destino fiquei a pensar na facilidade que temos de expor e colocar para fora, sem qualquer pudor, as coisas que nos são tão íntimas e expô-las para que qualquer um as ouça ou veja, devassando ou, no pior dos casos, nos virando do avesso, dando-nos a sensação de vazio e fragilidade. Senti, nessa vivência, a discrição como um valor a cultivar nessa vida, em que vivemos mais para fora que para dentro de nós mesmos.

***
*Advogado tributarista. Autor de vários livros publicados no CLUBE DE AUTORES.

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