quarta-feira, junho 01, 2005

O PUDOR

Na conceituada Coluna "ANNA MARINA", do jornal "Estado de Minas", sob o título "Pudor, artigo em falta em nosso Brasil", a articulista interina Heloisa Aline Oliveira, em certa altura do seu artigo pondera que:
"Não que eu seja moralista, mas ultimamente, me intriga como as pessoas, de maneira geral, botam suas intimidades na rua despudoradamente, como se isso fosse sinônimo de modernidade."
Em outro trecho, refere-se às cenas eróticas e violentas ou de horror que entremeia os programas destinados ao público infantil, nos canais de televisão, em franco desrespeito, a nosso ver, à inocência da criança, desse ser humano em formação, esquecendo-se os responsáveis por isso, a que a influência negativa dessas imagens na mente do menor é desastrosa.
Ora, dois pontos importantes e que merecem profundas reflexões foram tocados nesse trabalho, ou seja, a preservação da intimidade de cada um, valor conquistado pela humanidade através dos tempos e que hoje mais do que nunca está sendo perdido, em prejuízo da felicidade do ser humano e o outro, o da preservação da mente infantil, fértil por excelência, e que deve ser cuidada e preservada pelo adulto responsável, como um tesouro, onde as imagens ali plasmadas ficam indelevelmente impressas, comprometendo para o bem ou para o mal, o caráter em formação do futuro ser adulto.
Ao tornar pública a intimidade o ser está vivendo e se colocando fora de si mesmo, fica vulnerável à maledicência alheia, perdendo todo o controle e domínio do que lhe pertence e lhe é próprio, resultando disso um profundo vazio e tristeza, inexplicáveis.
Pouco se tem falado sobre o pudor, valor moral que o ente humano traz consigo naturalmente e que na convivência hipócrita dos nossos dias é perdido pouco a pouco, irremediavelmente, em nome de uma falsa modernidade e modismos que poderiam ser "normais" para o momento, talvez, mas que não são naturais para a vida.
Não poderiam ser essas as causas da infelicidade humana, ao não saber preservar a própria intimidade e romper, de forma violenta e criminosa, a inocência da infância, forçando a criança a tomar contato com cenas fora de sua realidade da infância?
Quem não preserva a sua intimidade não pode dizer que pertence a si mesmo.
Não cometeria um desrespeito a seu próprio ser aquele que torna público o que pertence exclusivamente a sua privacidade, uma vez que ninguém tem o direito de defraudá-la?
Não ofenderia a dignidade humana tal atitude?
E esse direito à intimidade está consagrado na Norma Constitucional de 1988, ao afirmar textualmente que:
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;"
A nossa intimidade representaria, analogicamente, a nossa casa mental, interna, que à semelhança da moradia, deixaremos entrar e participar dela aquelas pessoas selecionadas por nós. Algumas, atenderemos na sala, outras terão o direito de estar na sala de jantar e outras, dado o grau de amizade e afeto, as receberemos na cozinha. Definitivamente, nossa casa, nosso lar, não é um recinto público onde entram e saem as pessoas indistintamente. Algo semelhante, segundo a imagem analógica, deveria acontecer com nosso recinto interno, representado por nossa intimidade, reduto inviolável.
Há pessoas, entretanto, que vivem fora de sua casa e só a ela recorrem para dormir. Vivem mais tempo fora de si mesmas e, desse modo, não são, infelizmente, donas de suas próprias vidas.
É preciso que retornemos ao cultivo de determinados valores morais perdidos no tempo. Resgatar esses valores como a honestidade, a honradez, o respeito, a intimidade, o pudor e outros, não seria uma forma inteligente de se alcançar a felicidade?
Vive-se voltado para fora enxergando valores físicos e perecedouros, aprendamos a olhar para dentro e veremos outra classe de valores que enriquecerão a nossa vida moral, tão esquecida nessa sociedade consumista e distante do cultivo dos reais tesouros que a natureza pode nos brindar e que se encontram encerrados dentro de nós mesmos.

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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A INICIATIVA PRIVADA NA DEMOCRACIA

A ordem econômica, segundo o texto constitucional de 1988, está fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.
Em uma democracia superior, forte, o esforço individual não é dispensado e não há indiferença às iniciativas.
A democracia deve estimular a iniciativa privada.
Ora, essa iniciativa, entretanto, não está circunscrita à atividade econômica, ela é um patrimônio tão sagrado como a própria vida.
As bases da sociedade têm como matéria-prima a iniciativa privada, pois é dela que nasce o pensamento que forja e constrói essas bases.
A história vem demonstrando que os pensamentos, idéias e grandes concepções da mente humana, surgiram de cada ser individualmente: jamais por germinação coletiva.
Dela surgem, por conseguinte, as criações mais estupendas, os descobrimentos mais maravilhosos, e as técnicas mais surpreendentes.
A iniciativa particular cria no homem a noção mais exata de sua responsabilidade, posto que ao exigir o concurso individual, contribui ao bem-estar de muitos.
"É pela própria iniciativa - segundo o pensador GONZÁLEZ PECOTCHE - criador da CIÊNCIA LOGOSÓFICA - e não por imposição alheia, que o homem constitui seu lar, trabalha e se esforça em oferecer aos seus o maior bem-estar, e é também pela própria iniciativa que logo busca estender esse bem-estar a todos quantos, mercê à ampliação de suas atividades, podem se beneficiar, cumprindo-se assim uma magnífica função social. Daí que se haja lutado e se siga lutando para derrotar aos que se haviam proposto abolir essa nobre condição do espírito humano e submergir o mundo no caos da incompreensão e da irresponsabilidade." (in Revista Logosofia n. 33, p. 13, em artigo intitulado: "La iniciativa privada - Su contribuición a la prosperidad de los pueblos").
"Restringir ou anular a iniciativa privada não seria outra coisa que truncar toda manifestação do esforço individual. Seria privar o homem de seus melhores estímulos e obrigá-lo a enclausurar-se em si mesmo, em uma espécie de abandono budístico." (in obra citada).
A iniciativa privada é fruto da inteligência individual. E segue as íntimas diretivas do ser.
Sei que o sustento de minha família e sua manutenção em níveis sociais cada vez mais altos depende de minha própria iniciativa.
Aprendi, também, que os meus interesses nesse particular, transcendem ao campo familiar e se estendem ao terreno dos negócios e de toda outra atividade que dependa de minhas diretivas.
Se não estou satisfeito com o que ganho, esforço-me para produzir mais em minha profissão, procuro pensar em iniciativas, ter idéias ( "o esforço mental atrai as idéias"), que me façam render mais. Cuido de equilibrar meus gastos com meus ingressos, evitando, dessa forma, gastar mais do que tenho e com aquilo que é prescindível, excessivo. Para tanto, tenho que me capacitar, ampliar a capacidade mental e fazer uso mais frequente de minha inteligência.
A fórmula seria, então, ( se houvesse uma), não esperar nada de ninguém, agir e atuar com os recursos que tenho, buscar ter iniciativas e não temer as responsabilidades e obrigações que advêm delas.
Esse dinamismo é fundamental e imprescindível para o homem de iniciativas. Bastar-se a si mesmo, eis aí a questão. Exercitar a todo o instante o livre arbítrio, mesmo que as circunstâncias externas sejam aparentemente adversas. Jamais temer o fracasso, pois ao extrair dele o
elemento que faltou para vencer, estaremos vencendo a batalha contra a incapacidade e a inércia, inimigas do avanço e do progresso individual e coletivo.

*** Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas

UM OÁSIS DE PAZ

Em meio a esse mundo conturbado, atormentado e violento existe um oásis de paz. Nele se respira a tranquilidade e tudo ali é tranqüilo e acolhedor. Não seria uma utopia? Onde existe tal lugar?

Nesse lugar se cultua o amor feito consciência, transformado em afeto. Esse culto se constitui no principal agente do bem, da paz e da felicidade.

Todos os que convivem nesse ambiente cálido e acolhedor se respeitam mutuamente, estão empenhados na superação de suas limitações, falhas e defeitos. Querem evoluir e aspiram o ideal de aperfeiçoamento.

Recebem nesse lugar a orientação adequada a extrair do cotidiano viver os elementos úteis ao enriquecimento de suas almas ávidas de saber.

Aprendem a restituir a paz interna, indispensável a esse desiderato de ser melhor e de fazer o bem.

Nesse recinto a paz é restabelecida no ambiente mental, graças ao esforço constante de cada um que o frequenta.

Ali todos colaboram para que seja mantida a ordem, o progresso e a paz.
Nesse lugar cada ser cultiva sua consciência e com inteira precisão discerne onde começa e termina a responsabilidade do indivíduo, pois aprende a conhecer a fundo o ambiente em que se desenvolve o mundo, analisa os pensamentos que se vinculam às ações do ser e se empenha em classificá-los por sua ordem correspondente.

Circula nesse aconchegante ambiente a boa fé, esse veículo - segundo o humanista GONZÁLEZ PECOTCHE - indispensável e imprescindível para realizar todos e cada um dos acordos entre os semelhantes; é a moeda legítima que circulando com honradez, permite aos seres viver em paz e progredir cumprindo um destino tranqüilo e feliz.

Os que frequentam esse lugar estão aprendendo a fazer uma revisão de seus conceitos, pois estão sendo orientados no sentido de que os verdadeiros conceitos uma vez adotados devem reger a própria vida, defendendo-os dos desvios a que estamos sujeitos.

Nesse oásis aprende-se a evoluir conscientemente, porque, segundo a ciência superior ali ensinada, "é a única forma, e não existe outra, de alcançar a verdadeira integridade; de conhecer o verdadeiro valor da existência."

Muitos deverão estar perguntando: que lugar é esse? Ele existe mesmo? Quem pode frequentá-lo? Como se chama esse lugar maravilhoso?

Sim, senhores, esse lugar existe e os seres que o conhecem constatam que ali se respira outro ambiente, de paz, de tranquilidade, de harmonia. É uma escola em prol da superação humana criada com a finalidade de ensinar a LOGOSOFIA, ciência da vida, onde os seres se alistam para realizar "verdadeiros processos internos que significam nada menos que a criação de uma nova individualidade; de harmonizar dentro do ser todos os elementos que durante longo tempo estiveram perturbando a paz da alma".

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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O SER HUMANO QUER A PAZ

"Todos os seres humanos, por natureza,
buscam a alegria, a paz, a felicidade, o
bom humor." (Pecotche)

A paz sempre foi buscada pelo ser humano. Ele quer a paz. Porém sua alma quer a restituição da paz perdida. O que perturba a paz dessa alma desolada?

Quando o homem está em paz com sua consciência ele pode exclamar: "Cumpri com meu dever".

Os inimigos internos, que vivem dentro de cada ser, como, por exemplo, as deficiências psicológicas, o descontentamento e as debilidades são os responsáveis diretos pelo desequilíbrio comprometedor da paz interna. Os conhecimentos transcendentes transmitidos pela ciência logosófica permitem que essas mazelas apontadas sejam eliminadas e isso se constitui num grande passo para a conquista da felicidade e da paz, tão almejadas pelo homem através dos tempos.

O estado de paz, de tranquilidade deixará de ser uma aspiração para se tornar realidade quando cada um aprenda com a Logosofia a evoluir conscientemente, "porque é a única forma, e não existe outra, de conseguir a verdadeira integridade; de conhecer o verdadeiro valor da existência."

Nesse aprendizado encontro a serenidade adequada para que surja essa sensação de paz que quero para a minha vida.

A verdadeira paz surge do renascer da confiança, do entusiasmo e da fé em si mesmo e no futuro, após jornadas de lutas e sacrifícios em prol da superação humana, rompendo com as amarras que nos escravizam.

Quais pensamentos nos impedem de viver em paz, em harmonia com nossos semelhantes e tranquilos com nossas consciências?

"Que germe maligno se introduz nas mentes humanas fazendo que estas, em torturantes desvios, compliquem as situações e multipliquem os problemas quando mais necessárias são as soluções e o entendimento mútuo? Não será, acaso, que as almas se intoxicam vivendo nas cidades, onde apenas sim existem espaços que não se encontrem já ocupados pelos tantos milhões que as habitam? Não será, acaso, que a perda do contato com a Natureza, ou seja, com o campo, as montanhas, o mar, pouco a pouco vão insensibilizando aos seres, endurecendo seus corações e fazendo que suas mentes se tornem agressivas? Finalmente, o ritmo acelerado da vida, as obrigações de toda ordem e as múltiplas atenções que impõe o ambiente social, pervertem, em certo modo, o sentimento que antes, quando não havia pressa por cumprir com as exigências do diário viver, caracterizou a vida das famílias."

O certo é que para a edificação da paz futura, o respeito deverá presidir todas as determinações.
Afirma o pensador GONZÁLEZ PECOTCHE se referindo a esse tema que "não pode haver paz em um povo se o respeito às leis e a suas instituições deixa de ser a garantia que ampara a cada um em seus direitos e em seus valores. Daí que quando se burla a dignidade humana faltando o respeito a sua pessoa, sobrevêm as crises sociais, tão nefastas para a vida de povos e nações".

Portanto, haver-se-á de concluir que "o respeito mútuo entre os povos e entre os homens, é o agente ou fator essencial da paz, porquanto enquanto este existe se aplainam todos os caminhos para encontrar soluções às diferenças criadas. Em contrapartida, se se deixam de respeitar os tratados que foram firmados em solenes cerimônias e se quebram assim mesmo as normas do direito internacional, as guerras se tornam inevitáveis, pois nada há que agrave mais a dignidade de uma nação, de um povo ou de um homem, que sentir menosprezada esta pela falta de respeito. Quando isto ocorre, quando o respeito deixou de ser a fiança que resguarda os convênios e as mútuas considerações, começa a romper-se a estrutura jurídica, econômica e social dos povos."

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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A AMPLIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA HUMANA

A AMPLIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA HUMANA


O conceito de inteligência se amplia no campo científico, sendo vista agora "como a combinação harmoniosa de diversas habilidades, entre elas a memória, a motivação e a capacidade de suportar esforços mentais".
Entretanto, essas pesquisas e tentativas dos cientistas e estudiosos da matéria, "que se dedicam à gigantesca tarefa de escarafunchar o cérebro em busca das fugidias raízes químicas do pensamento e das emoções", se defrontam com um abismo que os impede de transcender e desvendar o mistério do pensamento, esse agente causal do comportamento humano, pois o homem, equivocadamente, "sempre considerou que seus pensamentos, o mesmo que as volições ou impulsos de seu caráter, emanavam do cérebro".
O cérebro é o cofre físico onde reside a mente humana, órgão psíquico, espaço dimensional e causa da vida e existência do ser humano.
Em artigo publicado no "El Diário" de Montevidéu, em 11 de agosto de 1938, o humanista CARLOS BERNARDO GONZÁLEZ PECOTCHE, declarou que a Logosofia pode dar ao mundo as bases para uma nova investigação, proclamando a mente como principal fator da vida em todas as suas ordens e manifestações.
E assevera, em determinada altura de seu trabalho que, "na França a palavra mente não existe, e se isto acontece no país que ocupou os primeiros postos e avantajado sempre aos demais pela agudeza de seu espírito investigador e estudioso, temos sobrados motivos para declarar que nem na Sorbona nem em parte alguma da Europa se assinalou à mente a menor importância".
E mais na frente, nesse artigo publicado em 1938, num jornal do Uruguai, PECOTCHE afirmava que "não é o cérebro o que produz as idéias nem dá forma aos pensamentos, senão a mente. Cérebro também têm os animais e entretanto, não temos notícia alguma de que a tal ou qual representante da fauna, se lhe haja ocorrido lançar uma idéia ou propor-nos algum pensamento. Porém, em certos animais, como o cachorro, o cavalo, o macaco, etc., se observam os primeiros rudimentos mentais, ainda quando é indubitável que prevalece neles um forte instinto que supre prodigiosamente as faculdades que o homem possui em sua mente, inclusive a mesma inteligência".
Em estudos desenvolvidos sobre a mente chegamos à conclusão de que ela é o espaço psicológico onde se encontram as faculdades mentais e os pensamentos.
Por meio da mente o homem sabe que existe, e o sabe em razão do conhecimento que só a mente contém como meio de expressão da sabedoria. Sem a mente, ensina a ciência logosófica, "o ser humano não poderia ter consciência de sua existência e muito menos haveria de conseguir que esta fosse útil e proveitosa para si e para os demais".
A Logosofia assinalou a existência de um sistema mental em todo ser humano, sem se basear em abstrações de caráter meramente especulativo. Ela materializou a psique humana, consignou-lhe uma fisiologia independente da conformação anatômica do corpo e estabeleceu a colocação material da mente em relação direta com o cérebro, dando-lhe uma forma e um volume conforme a seu desenvolvimento e evolução.
O geneticista francês Alberto Jacquard entende que "o homem nasce com apenas 30% de suas conexões cerebrais feitas. Isso significa que o trabalho de humanização, de educação e aprendizado é que fará o restante". Nos animais superiores, especialmente nos primatas, 70% das conexões estão prontas ao nascer. Nos cães, esse número é de 75%, nos golfinhos, de 80%, e nos répteis, de 98%. As conexões que os animais recebem "de fábrica" formam basicamente o instinto que os orienta pelo resto da vida. Os treinadores de animais trabalham no pouco que resta de conexões ainda virgens para ensinar os bichos. Amestrar um cão é mais fácil do que treinar uma cobra cascavel, exatamente porque no réptil o número de conexões a serem feitas é bem menor. "O grande mistério do cérebro humano é que ele só se enriquece se for utilizado" explica Jacquard. "A cada novo aprendizado os neurônios (células cerebrais) se rearranjam e não há limite físico para isso, pois o número de células nervosas é tão grande que nunca serão todas utilizadas, mesmo que o homem pudesse viver quatro séculos".
Essa considerada descoberta recentíssima, não era novidade para GONZÁLEZ PECOTCHE, autor da ciência logosófica, que previu tudo quanto o homem pode necessitar em base de conhecimentos oportunos para efetuar sem maiores dificuldades sua evolução consciente para uma vida superior, concebida e realizada mediante uma gradual transformação mental e psicológica do indivíduo através de processos internos de invaloráveis resultados.
A bem da verdade, PECOTCHE, em um de seus livros, "Logosofia (Tratado Elemental de Enseñanza), publicado no ano de 1936, já demonstrava com a mais absoluta evidência, que "a mente está radicada na parte superior do ser, intimamente ligada ao cérebro e a suas adjacências imediatas, dependendo em muito a segurança de seu funcionamento, da educação das células cerebrais, o que se observará mediante a realização de certos procedimentos especiais indicados no capítulo que trata sobre Biognosis".
Dessa forma, essa nova ciência do homem, evidencia mais uma vez que o ensinamento logosófico está genialmente adaptado às necessidades atuais e tem uma repercussão imediata nos destinos do homem.
Também, em 1938, em artigo aqui citado, o autor da Logosofia, afirma que "É a perseverante educação do instinto mediante a constante vigilância que o homem exerce sobre o animal fazendo-o repetir movimentos ou executar ordens, o que faz aparecer a este como se atuasse com inteligência, mas não se deve esquecer que só se comporta com lucidez quando obedece a essas ordens, vale dizer, quando a inteligência do homem o conduz; porém se se o deixa só, mercê de sua própria iniciativa, ali se acaba a inteligência e aparece a besta, salvo casos muito excepcionais em que guia o animal, mais o instinto afetivo, que o que possa pensar-se um traço de inteligência".
Logosoficamente, a inteligência é o fator mental de maior potência no homem, sendo seu desenvolvimento de capital importância na ilustração do indivíduo.
"É o eixo central do mecanismo mental em torno do qual giram todas as atividades internas e externas do ser".
E, ainda, em 1936, na obra citada, há revelações de que "todos os seres humanos nascem ignorantes por ser a inteligência neles só uma faculdade latente e invisível. À medida que crescem, esta se vai desenvolvendo e a maioria recorre ao estudo para ajudar a essa faculdade a conquistar altas posições na mentalidade e portanto, a adquirir todo o esplendor que fora mister para lograr o êxito no rumo que segue".
"A preparação escolar e universitária - continua - tem por objetivo ilustrar e cultivar a inteligência dentro de uma linha de conduta que permite ao estudante conhecer tudo aquilo que lhe é estritamente indispensável para sua formação científica e social, porém ao se afastar das aulas, salvo raros casos, a maioria se limita ao que aprendeu, desinteressando-se pelos demais assuntos que poderiam servir-lhe de luz para lograr conhecimentos maiores".
"O ente humano que desenvolve sua inteligência mediante os ensinamentos logosóficos, descobre com eles a parte divina que contém seu ser. Portanto, a chama da inteligência, ao ser constantemente avivada, com o treinamento mental logosófico e vigorizada com o oxigênio moral e espiritual dos ensinamentos, haverá de permitir ao homem cumprir com seu objetivo com toda eficiência".
Conclui-se que os trabalhos científicos recentes e divulgados sobre a inteligência já foram descobertos pela Ciência Logosófica desde 1930, com a criação da Escola Logosófica de Superação Humana e vêm sendo praticados e experimentados por um número cada vez mais crescente de estudiosos e investigadores desses estudos analíticos e experimentais, reveladores dos mistérios da vida e descobridores dos mais recônditos segredos da natureza em todos os seus aspectos.

Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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